quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vazamento de emulsão asfáltica em arroio causa danos ambientais em Osório

O Prefeito de Osório, Romildo Bolzan Júnior esteve no distrito no sábado pela manhã, verificando o problema.
Barreiras de contenção

Limpeza do arroio

Emulsão na água do córrego
Desde sexta-feira, dia 26, quando foi verificado o vazamento de cerca de 15 mil litros de emulsão asfáltica no arroio São João, distrito de Aguapés, no município de Osório, equipes trabalham na contenção do produto e retirada de vegetação e solo contaminados. O vazamento ocorreu em dois tanques da empresa Queiroz Galvão, responsável pelas obras de duplicação da BR 101. Os tubos dos tanques que armazenavam o produto foram rompidos devido ao excesso de chuva. Segundo funcionários que trabalham no local nesta segunda-feira, dia 29, cerca de quatro caçambas com o material já foram retiradas do entorno do arroio que desemboca na Lagoa da Pinguela às margens da BR 101. O cheiro de óleo ainda é muito forte no local. A estimativa é que sejam retiradas 100 caçambas.

Ao todo, quatro quilômetros do córrego foram atingidos e barreiras de contenção contendo um produto que absorve o óleo derramado foram colocadas em vários trechos. Após as medidas de contenção, a Fepam realiza um laudo para avaliar os danos ambientais causados pelo vazamento. Como a Lagoa da Pinguela está interligada com a Lagoa do Peixoto, que fornece o abastecimento de água para a população de 40 mil habitantes do município, a Corsan está realizando uma análise da água para medir o grau de contaminação.

O Prefeito de Osório, Romildo Bolzan Júnior esteve no distrito no sábado pela manhã, verificando o problema. “Todo o córrego que desemboca na Lagoa da Pinguela está bem comprometido, há muito resíduo, a água está correndo com óleo contaminado, estamos verificando a dimensão dos danos causados à flora e à fauna. A empresa que causou o dano está no local fazendo as contenções”, afirmou o Prefeito.

A equipe da Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana, utilizando equipamentos da empresa que causou o vazamento foi uma das primeiras a realizar os procedimentos para diminuir a contaminação, fazendo uma bacia de contenção ainda na sexta-feira. Somente no sábado é que foram colocadas as barreiras ao longo do córrego. “No litoral não há uma estrutura de emergência para acidentes ambientais como este, é urgente a criação de uma equipe daqui. Atualmente, a ajuda tem que vir da Capital e até chegar no litoral os danos ficam maiores”, destacou a Secretária de Meio Ambiente e Gestão Urbana do município, Leda Famer.

A equipe da secretaria já solicitou à empresa as licenças ambientais da obra emitidas pelo Ibama, para verificar se os tanques eram autorizados e estavam instalados respeitando normas de segurança. A emulsão asfáltica é usada para fixar o asfalto na rodovia e contém metais pesados.

Uma equipe da Vigilância Sanitária do município realiza uma vistoria para verificar a existência ou não de animais mortos no local. Enquanto os laudos da Fepam e Corsan não são emitidos, a Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana orienta a população de pouco mais de mil habitantes, do distrito de Aguapés, a não utilizar a água do arroio São João para irrigar lavouras, para consumo próprio, pesca ou ainda fornecimento de água para o gado. Mais informações pelo telefone (51) 3663 1947.




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