Política de bastidores vai afetar milhares de pessoas na região de Osório e Maquiné
A reunião das quatorze entidades de classe, associações de moradores e pequenos agricultores escancarou a gravidade da situação em Osório e Maquiné. No sábado, 06 de agosto, seus representantes reuniram-se na sede da Associação de Aguapés, em Osório para mais uma etapa de mobilização. Afetados por uma surreal desapropriação de suas propriedades, as comunidades de pequenos agricultores envolvidos selaram aliança com as entidades comerciais da região. A inacreditável área de 4.564,4284 hectares reivindicada pela associação quilombola local equivale a cerca de 4.600 campos de futebol e inclui – inclusive - o túnel de Osório e até um trecho da BR 101.
Todas as associações representadas ficaram preocupadas com o impacto sócio-econômico na região. A ASSOCIC - Associação dos Construtores e Incorporadores de Capão da Canoa, por exemplo, destacou que muitos dos insumos para obras vem de briteiras e indústrias de artefatos de cimento localizados na localidade de Morro Alto. Da mesma forma, os representantes do comércio enfatizaram a questão de tratar-se de uma área muito ativa economicamente, em função da quantidade de pequenas propriedades de hortigranjeiros. As entidades também ressaltaram a importância do turismo na movimentação do comércio da região. O encontro contou com a participação e adesão da Sociedade da Terra de Rio Pardo, através de seu presidente Adair Panta. Rio Pardo vive problema semelhante que afeta diretamente cerca de 120 famílias, totalizando aproximadamente 500 pessoas.
Desta forma, as associações reunidas decidiram organizar atividades em prol de uma forte cobrança de posicionamento das autoridades da região. Na sequência foram discutidas também as próximas ações de mobilização e sensibilização de autoridades públicas.
Comunidade Aguapés
ResponderExcluirVenho acompanhando pela imprensa e pelo blog a situação vivida pelas comunidades que estão sendo atingidas por esta ação do Incra. Vocês estão certos em defender o que é de vocês, como bem adquirido. Fazer justiça com outra injustiça, é desta forma que resumo o que estão tentando fazer com as comunidades atingidas. Não se questiona a legitimidade do movimento quilombola, mas sim, a forma com que encontraram para resolver este problema. Será que é desta forma que a justiça será feita? Com uma nova injustiça? Tirar pessoas das suas casas, onde provém seu sustento, da terra, onde viram seus filhos crescerem? E mais, tirar pessoas que nada tem a ver com o passado nebuloso da história do Brasil? Que país é esse afinal? Não se pode acreditar que é assim que se faz justiça, com outra injustiça.
Apoio o movimento de vocês, mesmo não sendo de nenhuma comunidade envolvida, mesmo não tendo qualquer relação com nenhuma das partes envolvidas, não vou ganhar nem perder, só estou do lado dos que serão os maiores prejudicados nesta história.
Grande abraço a todos da comunidade Aguapés e demais comunidades envolvidas.