segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Medo paira sobre Osório e Maquiné - Animosidade na região é fruto da política equivocada de desapropriação inconstitucional de terras


As comunidades de Maquiné e Osório temem represálias do movimento quilombola. Após décadas de convivência harmônica em prol do desenvolvimento socioeconômico na região, os moradores se deparam agora com agruras adicionais do risco de desapropriação ilegal de suas propriedades, fruto de uma política distorcida de justiça pelo Governo Federal, através do INCRA e com a devida pressão do Ministério Público.

Após inúmeras denúncias dessa ilegalidade constitucional e social à políticos e meios de comunicação, o movimento quilombola reagiu teatral e dramaticamente através de lideranças de fora da região. Cabe ressaltar que esse conflito nada tem de racial, muito antes pelo contrário. Trata-se de um abuso de pretensão de terras - através de uma brecha jurídica - de minorias políticas que estão realizando agitação quilombola contra toda a maioria da comunidade, visando expulsar agricultores familiares e produtores estabelecidos há cem anos ou mais, inclusive a classe média miscigenada, branca e afrodescendente que vive perfeitamente solidarizada em sociedade há muitos anos na região. Tudo isso fruto de "um disparate da antropologia oportunista do governo", conforme matéria da revista Veja - de 28.09.2011 que examina as leis absurdas no Brasil.

Recentemente, e curiosamente após matéria de capa em um dos jornais de maior circulação no RS, alguns moradores relataram que estão com medo devido ao trânsito frequente de veículos de vidros escuros estranhos às comunidades. Circulando em velocidade muito baixa, parecem estar observando e intimidando os moradores. Como se não bastasse, manifestações do funcionário público, também presidente da associação quilombola local, tem acirrado os ânimos pela imprensa, insuflando através de bravatas que "os brancos vão sair de qualquer maneira". Além de provocar insegurança, tais declarações disseminam o preconceito racial, no qual a disputa de terras oportunista está querendo amparar-se.

A vivência associativa se faz cada vez mais necessária na região e as comunidades de Osório e Maquiné realizam reuniões periódicas em suas associações visando impedir e lutar contra essa injustiça através da mobilização dos moradores. Desta forma, selam compromisso e união, retomando a histórica solidariedade que permeou o crescimento local em diversos segmentos ao longo da história dos municípios. A comunidade de Aguapés é o melhor exemplo, unindo experiências dos colonos de origem alemã com os afrobrasileiros que ali se encontraram e tiveram vivências comuns. O conflito existente na área será vencido pelo reforço dos vínculos da comunidade com alianças internas, mostrando ao público externo coesão social e a verdadeira força da comunidade, através da cidadania de seus moradores. Por isso, é preciso repetir que A UNIÃO FAZ A FORÇA e deixar claro que as comunidades de Osório e Maquiné não vão aceitar a expulsão de suas terras.

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