Abraham Lincoln costumava perguntar: "Se chamarmos o rabo de um cachorro de pata, quantas patas tem o cachorro?" A platéia respondia 'cinco!" Logo ele corrigia: "Errado, tem quatro patas. Chamarmos uma mentira de verdade, não fará dela uma verdade."
Hoje ideologias tomam o lugar da verdade e a história é ajustada até servir à causa dos que influenciam o poder.
Defensores da ideologia de territórios étnicos quilombolas trabalham para chamar de pata o rabo de um cachorro na região de Morro Alto, no litoral norte do RS.
Quilombos foram comunidades de negros fugitivos organizados hierarquicamente por obediência a chefes constituídos, unidos em rebeldia e defesa contra a força escravagista portuguesa ou brasileira pós colonial. Remanescentes de quilombos são comunidades que permaneceram nestes locais de quilombos após a abolição.
Os negros de Maquiné e Osório jamais formaram quilombo, são descendentes de escravos alforriados ou libertos pela abolição que permanecendo na região, foram se miscigenando e integrando com descendentes de portugueses, alemães e italianos, constituindo a comunidade multiétnica que existe na região.
Patrulhas de militantes, acadêmicos e alguns servidores públicos que pautam sua atuação por ideologias tratam de moldar histórias para servirem sua causa.
As 950 famílias que lá vivem e tem suas atividades contrataram um estudo histórico-antropológico que, após um ano, comprovou o que todos já sabiam: em Morro Alto não existiu quilombo.
Trabalham com ideologia para transformar uma mentira em verdade, criando uma quinta pata no cachorro. Tratam de dar novo sentido, ressemantizar a palavra "quilombo", que passaria a ser qualquer comunidade de afro descendentes, se assim se decidisse autoproclamar. Para a Fundação Palmares e o Incra, isto só já basta para iniciar um processo expropriatório de proprietários legítimos. Porém, rabo é rabo, pata é pata e em Morro Alto não existiu quilombo como querem os ideólogos, não se transforma mentira em verdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário